Rui Soares Costa © 2025 | All Rights Reserved
September 27 - 29, 2024
Inestética (external link)
Palácio do Sobralinho
Sobralinho, PT
Opening
27 September
9:30 pm
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UNTILED FOR C, RISING SERIES
video installation by
Rui Soares Costa
and
André Gonçalves
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UNTILED 50 vs 101, RISING SERIES
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part of the collective exhibition
Como os olhos da mosca reflectem os
objectos (external link)
(based on "O navio de espelhos" by Mário Cesariny)
with:
Alexandre Lyra Leite
Filipa Alfama
Rui Soares Costa & André Gonçalves
Rui Soares Costa
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untitled for C, Rising series (RSC & AG)
This could be a ship, suspended above water. It has many mirrors. It's a ship that floats, as if levitating, higher than the water. A ship that carries contemporaneity and its contradictions – a place of contemplation as we face the abyss.
During six hours (almost) nothing happens, apart from the rising tide of the Tagus water approaching the house-structure, the hammock. This could be the relaxed, frivolous, loosen way in which we face the contemporary dynamics, from the Anthropocene, to the Climate Crisis, namely the rising sea level. But can we make the water drop, as with a lowering tide? From the blurriness of darkness, into the clarity of light? Is there a way out, still?
But this is not an easy ship, perhaps that is why “When it gets to the city / no pier will shelter it”. “Voices and an heavy air / it is all it carries”. “Until the end of the world”.
Rui Soares Costa & André Gonçalves (RSC & AG) started to work on video as a duo in 2024.
Technical info
Steel structure, 2 screens 65”, 2 vídeos (6h20m each)
Production video: João Nunes (Continue Walking)
Original soundtrack
225 cm x 225 cm x 450 cm
2024
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untitled 50 vs 101, Rising series (RSC)
This year, 2024, we celebrate the 50th anniversary of the Revolution (25th of April) with the 101st anniversary of the birth of Mário Cesariny. This absolutely necessary celebration is, nonetheless, still a saddened, perhaps depressed celebration. 101 years after the poet of freedom beyond (the simplest) freedom, 50 years after the revolution of all the possibilities, everything is still incomplete, unfulfilled. We might have even regressed in some of the important achievements – those of the poet, as well as those of the revolution… What now?
The Rising series (since 2021) delves into my research into the perception of Time (as a construct that I manipulate as a parameter in a mathematical equation) addressing some of the most central issues of contemporary times, from the Anthropocene to the Climate Crisis, more specifically the rising sea levels. The principles that guide my work in general, as well as this project in particular, revolve around parsimony, minimalism, nothingness, seminality, nature and materiality. These are works that take place in co-creation with the surrounding context, in this particular case, it's the salt water of the Tagus bay next to the pier at Olho de Boi, Almada that rust the steel. These are processes from which the artist, myself, seeks to remove himself as much as possible, handing over the baton to non-humans (a river, the Tagus). My role is essentially to design the device where this interaction or participation of the context takes place, and then to decide when to interrupt the process.
The untitled piece 50 vs 101, rising series suspends an old gas cylinder in a web of nylon threads, sometimes visible, sometimes invisible, like a ship of mirrors that floats winged, carrying all the difficult questions within itself. From the container of gas that has been transformed into CO2, we now have a container of questions - mirror questions.
Technical info
Steel frame, gas bottle, salt water, nylon fishing lines and varnish
75 cm x 75 cm x 75 cm
2024
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Versão em Português
untitled for C, Rising series (RSC & AG)
Este é um navio, suspenso acima da água, com muitos espelhos. Um navio que flutua, como que levitando, por cima da água. Navio que transporta a contemporaneidade e as suas contradições – é um navio de contemplação perante o abismo.
São seis horas em que quase nada se passa, para além da maré do Tejo que sobe e se aproxima da estrutura-casa, da cama-de-rede. Como que representando a forma relaxada, leviana, descontraída com que encaramos as dinâmicas contemporâneas, de um Antropoceno, à Crise Climática, passando pela subida do nível médio das águas do mar. Mas será que da mesma forma que a maré sobe, poderemos fazê-la descer? Da indefinição da escuridão, à lucidez da luz? Será que ainda há uma saída?
Este não é um navio fácil, talvez por isso “Quando chega à cidade / nenhum cais o abriga”. “Vozes e ar pesado / é tudo o que transporta”. “Até ao fim do mundo”.
Rui Soares Costa & André Gonçalves iniciam o seu trabalho em vídeo enquanto dupla de artistas (RSC & AG) em 2024.
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untitled 50 vs 101, Rising series (RSC)
Celebramos os 50 anos da revolução do 25 de Abril com os 101 anos do nascimento de Mário Cesariny. Esta, que é uma celebração absolutamente necessária – imprescindível na verdade -, não deixa de ser uma celebração entristecida, deprimida talvez. 101 anos depois do poeta da liberdade para além da (simples?) liberdade, 50 anos depois da revolução de todas as possibilidades, tudo se revela incompleto, tudo permanece (ainda?) por cumprir. Talvez tenhamos até, quiçá, regredido nalgumas das importantes conquistas – das do poeta, às da revolução… E agora?
A série de trabalhos Rising (desde 2021) resulta da minha investigação sobre a percepção de Tempo (enquanto construto que manipulo como um parâmetro numa equação matemática) abordando algumas das questões mais centrais da contemporaneidade, do Antropoceno à Crise Climática, mais especificamente a subida do nível médio das águas do mar. Os princípios que orientam o meu trabalho em geral, bem como esta investigação em particular, gravitam em torno da parsimónia, minimalismo, esvaziamento/ausência, seminalidade, natureza e materialidade. Estes são trabalhos que têm lugar em co-criação com o contexto envolvente, neste caso a água salgada da baia do Tejo junto ao cais do Olho de Boi, Almada. Tratam-se de processos de onde o artista, eu próprio, se procura remover o mais possível, entregando a batuta a não-humanos (um rio, o Tejo). O meu papel é, essencialmente, o de desenhar o dispositivo onde esta interação ou participação do contexto tem lugar, e depois decidir quando interromper o processo.
A peça untitled 50 vs 101, rising series suspende uma antiga botija de gás numa teia de fios de nylon, ora visíveis, ora invisíveis, como que um navio de espelhos que flutua alado, transportando em si todas as questões difíceis. Do contentor de gás entretanto transformado em CO2, temos agora um contentor de questões, questões-espelho.
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Exhibition |Installation
Como os olhos da mosca reflectem os objectos (external link)
Artists Alexandre Lyra Leite, Filipa Alfama, Rui Soares Costa, André Gonçalves
Design Rita Leite
Technical director Fernando Tavares
Technical assistant Álvaro Figueiredo
Production assistants Susana Serralha, Filipa Alfama
Photo Filipa Alfama, Alexandre Lyra Leite
Production Inestética 2024 (external link)
Project supported by República Portuguesa – Cultura, DGArtes – Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira