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WATER HOUSE
co-creation with
Pedro Campos Costa
and
João Galante
part of the project
Three houses for mankind I: Water house
The proposal to reflect on how we inhabit our spaces and how they will be impacted by the challenges of contemporary life serves as the foundation for three collaborative installations created by a visual artist, an architect, and a choreographer. This initiative invites us to consider space, movement, and form from three distinct perspectives.
The first installation is the Water House. This structure resembles the simplest possible passenger compartment and is an architectural design by Pedro Campos Costa. The walls are composed of canvases by Rui Soares Costa, crafted from metal screens that were suspended at various calculated heights along the Olho de Boi pier, in relation to Hydrographic Zero. Exposed to tidal fluctuations, these screens are shaped by the Tagus River itself, as the waters oxidize the metal. The partial or total submersion in water leads to corrosion, resulting in “natural” yet unpredictable patterns. This poetic interaction with the Tagus—where the river acts as an artist—aims to illuminate, raise awareness, and provoke dialogue about the rising sea levels linked to climate change.
It is a house of time, a house of water, a house of poetry—an immersive experience enhanced by the captivating sounds created by João Galante.
Filipa Oliveira
Curator
May 2021
The House serves as a personal and profoundly intimate "garment." When we speak of houses, we speak of ourselves—our ways of living and inhabiting spaces—thereby reflecting how we construct our cities and inevitably how we confront challenges.
As a metaphor, the House is also a tangible form—a three-dimensional space. It embodies the potential to explore three artistic domains or disciplines within a singular structure. The pressing challenges facing humanity—climate change and the resulting rise in sea levels, the conservation and sustainability of our urban environments, and the evolution of our virtual interactions—are immediate and critical.
We have designed three houses that encapsulate these issues in a deeply personal way, offering knowledge and opportunities for reflection. While disciplinary boundaries are important, the solutions we seek are invariably interdisciplinary. The interplay between disciplines is both natural and historic. We believe that creativity thrives in an environment of collaboration and interdisciplinarity.
Pedro Campos Costa
Architect
May 2021
The Water House project is the first in a trilogy of installations (Water House, Air House, and Time House) that explores elements shaping humanity in the coming centuries—ranging from the construction of the cities we inhabit to the evolution of our societal interactions.
Water House draws inspiration from the Rising series (by visual artist Rui Soares Costa), which examines the consequences of climate change, particularly the rising average sea levels. In this project, the representation of time is encapsulated through visual objects, where metallic pieces are placed in the waters of the Tagus River at specific, predetermined heights relative to Hydrographic Zero for an established duration. Each piece is defined by (1) precise latitude and longitude coordinates, (2) a specified height in relation to Hydrographic Zero, and (3) a predetermined exposure time (measured in days).
Due to tidal effects, these pieces—suspended from various positions on a riverside pier—will experience varying degrees of submersion: some will be entirely underwater, others partially submerged, while some remain completely above the surface. This cyclical rise and fall of the water will induce different oxidation patterns on each piece, allowing them to embody the accumulation of time through the movement of the tides. The project involves an equation that factors in multiple variables (height relative to Hydrographic Zero, duration of exposure to tidal variations, and geolocation), with the intent to replicate these conditions over 50, 100, or 200 years.
Pieces of identical size and shape, placed at the same height relative to Hydrographic Zero and situated in the same geolocation, will yield radically different outcomes over the years. As sea levels rise in the future, these pieces will remain submerged for longer periods compared to those installed today in 2021, despite being positioned at the same absolute height.
Water House is an immersive collaborative installation involving visual artist Rui Soares Costa, architect Pedro Campos Costa, and multimedia artist, performer, and choreographer João Galante.
Rui Soares Costa
May 2021
Technical info
Tagus water, steel and sound speakers
200 x 200 x 200 cm
2021
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Versão em Português
A proposta de refletir sobre a formo como habitamos os nossos lugares e de como estes vão ser afetados pelos desafios que a contemporaneidade lhe coloca, é o ponto de partida para três instalações em co-autoria entre um artista visual, um arquiteto e um coreógrafo. Pensar o espaço, o movimento e a forma, sob três olhares e perspectivas.
O primeiro momento é esta Casa de Água. Numa estrutura que se assemelha ao habitáculo mais simples possível, uma estrutura arquitectónica desenhada por Pedro Campos Costa. As paredes são feitas de telas de autoria de Rui Soares Costa. Estas telas são metálicas e estiveram suspensas em vários locais específicos no cais do Olho de Boi, e a diferentes alturas calculadas em relação ao Zero Hidrográfico. Aí, sujeitas às oscilações das marés, vão sendo desenhadas pelo próprio Tejo, cujas águas oxidam o metal. A submersão (total ou parcial) nas águas vai corroendo o metal criando desenhos "naturais", mas imprevisíveis. Esta poética da ação do Tejo, o rio como artista, quer tornar visível, alertar e discutir a subida do nível das águas do mar resultante das alterações climáticas.
É uma casa-tempo, casa-água, casa-poesia. Uma casa para ser habitada com o som hipnotizaste criado por João Galante.
Filipa Oliveira
Curadora
Maio 2021
A Casa é um "vestido" pessoal e profundamente íntimo. Quando falamos de casas falamos de nós, da forma como vivemos e habitamos, consequentemente como construímos as nossas cidades e inevitavelmente como somos e enfrentamos os desafios.
Sendo a Casa uma metáfora, é também uma forma, um espaço tridimensional. A casa é a possibilidade física de encontrar três áreas artísticas, ou disciplinares, numa única forma. Os desafios da Humanidade, das alterações climáticas e consequente subida do nível médio das águas do mar, da conservação/sustentabilidade das cidades que habitamos e da forma como trabalhamos e nos nos relacionamos virtualmente, são iminentes. Criamos três casas que sintetizam estas questões de uma forma íntima e que podem dar conhecimento e oportunidades de reflexão. Os campos disciplinares podem e devem ter as suas fronteiras, no entanto, não só as respostas são sempre interdisciplinares como que a influência entre disciplinas é natural e secular. Acreditamos que a criação é naturalmente colaborativa e interdisciplinar.
Pedro Campos Costa
Arquitecto
Maio 2021
O projeto Casa de Água é o primeiro de uma trilogia de instalações (Casa de Água, Casa de Ar e Casa de Tempo) que explora elementos que moldarão a humanidade nos próximos séculos – da construção das cidades que habitamos à evolução das nossas interações sociais.
A Casa de Água inspira-se na série Rising (do artista visual Rui Soares Costa), que examina as consequências das alterações climáticas, em particular a subida do nível médio do mar. Neste projeto, a representação do tempo é encapsulada através de objetos visuais, onde são colocadas peças metálicas nas águas do Rio Tejo a alturas específicas e pré-determinadas em relação ao Zero Hidrográfico, durante um período estabelecido. Cada peça é definida por (1) coordenadas precisas de latitude e longitude, (2) uma altura especificada em relação ao Zero Hidrográfico e (3) um tempo de exposição pré-determinado (medido em dias).
Devido ao efeito das marés, estas peças – suspensas em várias posições num cais ribeirinho – sofrerão vários graus de submersão: algumas estarão totalmente submersas, outras parcialmente submersas, enquanto algumas permanecerão completamente acima da superfície da água. Esta subida e descida cíclica da água irá induzir diferentes padrões de oxidação em cada peça, permitindo-lhes encarnar a acumulação do tempo através do movimento das marés. O projeto envolve uma equação que tem em conta múltiplas variáveis (altura relativa ao Zero Hidrográfico, duração da exposição às variações das marés e geolocalização), com a intenção de replicar estas condições passados 50, 100 ou 200 anos.
Peças de tamanho e formato idênticos, colocadas à mesma altura em relação ao Zero Hidrográfico e situadas na mesma geolocalização, produzirão resultados radicalmente diferentes ao longo dos anos. À medida que o nível do mar subir no futuro, estas peças permanecerão submersas por períodos mais longos em comparação com as instaladas hoje em 2021, apesar de estarem posicionadas à mesma altura absoluta.
A Casa de Água é uma instalação colaborativa imersiva que envolve o artista plástico Rui Soares Costa, o arquitecto Pedro Campos Costa e o artista multimédia, performer e coreógrafo João Galante.
Rui Soares Costa
Maio 2021
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