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LIFELINE SERIES


          
part of the collective exhibition

          Quando o tacto se faz contacto


          curated by

          Hugo Dinis


with:

    Fernando Daza

Francisco Venâncio

Inês Teles

Luísa Abreu

Rui Soares Costa 



Beginning with JustLX – Contemporary Art Fair, which took place from May 17th to 20th at Museu da Carris in Lisbon, the exhibition "When Touch Becomes Contact" emerges from the desire to extend this commercial experience into a curatorial context within sala 117 gallery in Porto. This spatial transition prompts several questions: What is the role of art fairs? What connections are forged? What is the curator's responsibility? Most importantly, what inquiries do artists and their work bring to this dialogue? Without seeking to provide dogmatic or definitive answers to these questions, the exhibition encourages a continuation of the discussions that arise from the lived experiences explored through the medium of drawing.

From the outset, the project was conceived to showcase the gallery's artists who participated in the fair alongside other artists whose work could interact with, challenge, and relate to how drawing can influence our perception of various social, political, cultural, and historical realities. Luísa Abreu’s sculptures (sala 117 gallery) create lines, surfaces, and spaces that permeate their surroundings, thereby activating their environment. Rui Soares Costa’s intricate drawings (Salgadeiras gallery) explore the intrinsic and private processes of psychological perception. Fernando Daza’s construction process (Trema gallery) involves direct action on torn paper, producing pieces rich in sensitivity. Inês Teles’s vibrant and transparent drawings (Espacio Líquido gallery) evoke memories of previous paintings and past gestures, marking the unsettling surfaces of the paper. Meanwhile, Francisco Venâncio’s drawings (sala 117 gallery) radiate experimentation through delirious and ironic lines and shapes.

Ultimately, "When Touch Becomes Contact" seeks to strengthen the connections and collaborations among all its participants: galleries, curator, and artists. More than a closed, conceptual curatorial project, it represents a collection of works and artists that embody a diverse spirit of sensitivity. This exhibition fosters fruitful discussions on how the tactile nature of drawing (the interplay of knowing and doing) can evolve into personal connections. In this way, it highlights the encounters and disagreements that pervade a frivolous world, yet one that yearns for meaning and connection.

Hugo Dinis
June 2018


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Versão em Português

Tendo como ponto de partida a JustLX – Contemporary Art Fair, que decorreu entre 17 e 20 de Maio, no Museu da Carris em Lisboa, a exposição "Quando o tacto se faz contacto" nasce da vontade de alargar esta experiência comercial para um contexto curatorial no espaço da Galeria SALA 117, no Porto. Desde logo, esta deslocação espacial carrega consigo diversas indagações: Qual o papel das feiras? Que contactos se estabelecem? Qual a acção do curador? E, mais importante que tudo isso, que questões trazem a arte e os artistas para este contexto? Sem querer responder dogmática e permanentemente a nenhuma destas questões, a exposição, que agora irá ser apresentada, perpetua as questões que ecoam das experiências vividas através da disciplina privilegiada do desenho.


Desde o primeiro momento que o projecto pressupunha apresentar os artistas da galeria que estiveram presentes na feira, conjuntamente com outros artistas que pudessem interagir, questionar e relacionar-se da forma como a disciplina de desenho pode influenciar o modo como vemos e tacteamos as diversas realidades sociais, políticas, culturais e históricas que rodeiam as sociedades. Deste modo, as esculturas de Luísa Abreu (Galeria SALA 117) desenham linhas, superfícies e espaços que contaminam a sua envolvência activando, assim, os seus intervenientes. Os desenhos minuciosos de Rui Soares Costa (Galeria das Salgadeiras) relacionam-se com um processo intrínseco e privado de percepção psicológica dos indivíduos. O processo de construção de Fernando Daza (Galeria Trema) pressupõe uma acção directa sobre o papel rasgado que desenham referências artísticas de grande sensibilidade. Os desenhos coloridos e transparentes de Inês Teles (Galeria Espacio Líquido) contém em si memórias de outras pinturas e ou de acções passadas que pontuam as superfícies inquietantes do papel. Os desenhos de Francisco Venâncio (Galeria SALA 117) emanam a experimentação e o ensaio de como são construídos em linhas e formas delirantes e irónicas.

Em última instância, a exposição "Quando o tacto se faz contacto" tem como objectivo estreitar laços e parcerias entre todos os seus intervenientes: galerias, curador e artistas. Mais que um projecto curatorial fechado e conceptual, trata-se de um conjunto de obras e artistas que permitem traçar um espírito de diferentes sensibilidades. Neste sentido, é possível promover uma discussão frutífera sobre como o tacto do desenho (saber/fazer) pode transformar-se em contacto pessoal. Permitindo, deste modo, privilegiar os encontros e os desencontros existentes num mundo frívolo, mas ansioso de algo por vir.

Hugo Dinis

Junho 2018



 


  July 6, 2018 - September 22, 2018

  Sala 117 Gallery
 
Porto, PT

 


         
Opening
         
7 July
         
6 pm